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27 outubro 2010

Visão

Visão
Palavra Na obra de Deus, existem métodos e princípios. Métodos são relativos e princípios são absolutos. Métodos são estratégias úteis para um lugar e não para outros, podem ser valiosas para uma geração e inúteis para outras, são aplicáveis em certos lugares, mas não a todos. Princípios, por outro lado, são padrões e leis espirituais eternas. Eles são válidos para todas as pessoas de todas as épocas e de todos os lugares. Os princípios são regras estabelecidas na Palavra de Deus.
Com relação à obra de Deus, as pessoas mantêm o conceito de que o propósito da obra é um princípio e a maneira como a fazemos é um método. Isso, de fato, está correto. O problema é que elas concluem que os princípios devem ser dados por Deus, mas os métodos podem ser estabelecidos de acordo com as preferências humanas. E esse é um grande erro. Na obra de Deus, tanto os métodos como os princípios são estabelecidos por Ele.
Os objetivos de Deus são sublimes e divinos. Ele não nos dá uma obra tão tremenda dizendo: “Façam como quiserem”. O Senhor quer nos orientar quanto aos princípios da obra, e também quanto aos métodos e estratégias. Ele quer nos orientar a respeito “do que” Ele quer e de “como” Ele quer. Precisamos seguir os princípios de Deus quando fazemos a obra de edificação da igreja. Na obra de Deus, tudo precisa ser feito de acordo com o modelo que nos é mostrado no monte.

1. O centro do coração de Deus é ter filhos

O primeiro princípio absoluto da visão é este: Deus deseja filhos e nós estamos aqui para gerá-los pelo Espírito. Quando Deus criou o homem, suas primeiras palavras para o homem foram: “Adão, seja fecundo e encha a terra.” No centro do coração de Deus está o anseio de ter filhos. Assim, não trabalhamos apenas para salvar muita gente, encher o salão. Nosso alvo é apresentá-las como noiva perante o noivo (Cl 1.28; Ef 4.13).
Cremos no crescimento e o buscamos, mas queremos somente o crescimento que vem de Deus, não o que vem por meio do fermento. Proponha em seu coração gerar discípulos de Jesus, não meros seguidores. Não negocie a mensagem nem faça barganha com o preço do discipulado. Nosso encargo é pelo crescimento da igreja e pelo estabelecimento do reino de Deus em nossa geração.

2. Jesus é nosso único ponto de referência e o ensino dos apóstolos é nossa base de edificação
Esse é um ponto fundamental. Existem muitos pastores de sucesso e grandes ministérios espalhados por todo o mundo. Não devemos fazer algo unicamente porque outros fazem, nem seguir uma visão apenas porque eles a postularam. Sempre devemos comparar o que está sendo feito com a Palavra de Deus.
O último critério não é o sucesso ou o crescimento, mas a Palavra de Deus. Evidentemente, cremos em toda a Bíblia e é certo que o Velho Testamento é útil (2 Tm 3.16), mas ele não serve como base para nós hoje. Contudo, o Novo Testemunho contém a realidade que é Jesus e a Igreja.

3. A ordem de Jesus é que façamos discípulos e não frequentadores de cultos (Mt 28.18-20)

O livro de Atos descreve os irmãos como “a comunidade dos discípulos”. Isso revela que o que estava no coração dos líderes da igreja não era apenas pregar o Evangelho e salvar pessoas, mas fazer discípulos de Jesus (At 6.1-2). Não me interprete mal, pois pregar é muito importante, mas não resume todo o nosso trabalho. Precisamos fazer discípulos. Para entendermos bem como o discipulado deve ser feito, precisamos ir ao Novo Testamento e ver com cuidado como Jesus fazia discípulos.
Precisamos entender o que era um discípulo para Jesus (Lc 14.26-27; 14.33; Jo 8.31; 13.34-35; 15.8). Devemos descobrir como Jesus fazia discípulos, que mensagem pregava e que condições colocavam para o discipulado (Mt 18.19; 9.9; 19.16-22; Lc 9.57-62; 14.26-33). Por fim, precisamos saber como ele cuidava dos discípulos (Mt 3.14; Jo 17; Mt 5.1-2).

4. A única pregação que forma discípulos é a pregação do evangelho do reino


O evangelho do reino é a visão dos vencedores. Temos que conhecer bem a diferença entre o evangelho do reino e o evangelho das bênçãos. Se pregarmos salvação sem as condições do discipulado, não formaremos discípulos, mas um ajuntamento de gente sem compromisso e submissão a Deus. Não formamos apenas salvos, mas salvos vencedores. O evangelho da graça produz filhos de Deus, pecadores convertidos. Mas o evangelho do reino produz discípulos comprometidos.
É comum ouvirmos pregadores dizendo às pessoas: “Venham a Jesus e vocês ganharão uma coroa no céu!” Porém, isso não é verdadeiro. Ninguém receberá uma coroa no céu simplesmente porque creu no Senhor e foi salvo. Receber é uma coisa, mas receber o galardão e a recompensa é outra muito diferente.
Jesus deixou claro que a motivação do discípulo é a recompensa do reino. O segredo da geração de discípulos é o evangelho do reino. Precisamos ensinar constantemente a necessidade da vigilância e do temor, de edificarmos com ouro, prata e pedras preciosas, de fazer a vontade de Deus se quisermos reinar com o Senhor naquele dia.

5. Praticamos o discipulado pessoal, mas não ignoramos a importância do ensino e do treinamento em grupo

É um engano pensar que o discipulado substitui o treinamento dentro da vida da Igreja. Levantamos líderes pelo discipulado, mas instruímos esses líderes pelo ministério do ensino. No discipulado, aprende-se fazendo junto com o discipulador. O alvo é crescimento e transformação de vida, o aprendizado é informal e existe um forte compromisso mútuo. Sem isso, não cumprimos o propósito de Deus de fazer discípulos.
Mas o discipulado não supre todas as necessidades da igreja. Ainda precisamos do ministério de ensino para nos suprir. Nem sempre o discipulador possui o conhecimento de todo o conselho de Deus, por isso a necessidade de professores e mestres que possam suprir essa limitação. Bons discípulos e bons líderes precisam de ferramentas que possam ajudá-los a desempenhar seu ministério, e essas ferramentas lhes são dadas pelo ensino e treinamento formal.

6. A estratégia de Deus para cumprir seu propósito é o ministério de todos os santos

Cada membro é um ministro e deve ser treinado para o desempenho do seu serviço, segundo lemos em Efésios 4.11-16. Temos cargos e governo na igreja, mas nunca podemos permitir que se transformem em posições clericais que anulem as funções do corpo (Rm 8.28-29; Ef 4.13). Esse é um valor inegociável.
O sacerdócio universal dos crentes foi restaurado desde a reforma protestante. Homens de Deus morreram por essa verdade e pela prática dela. Mas ainda hoje o vírus do clericalismo mantém pessoas anestesiadas e improdutivas no corpo de Cristo. Você deve combater o clericalismo por muitos motivos: porque ele é uma doença no corpo de Cristo, porque o clericalismo produz membros, mas não gera discípulos e o pior motivo é que o clericalismo destrói o plano eterno de Deus para a igreja.
Deus tem um desejo em seu coração. O propósito eterno de Deus tem um ponto central: “Cristo em nós”, isto é, Cristo sendo a nossa vida. Nunca se esqueça de que cada crente deve ser um produtor e não um mero consumidor ou cliente da igreja, o oposto do que prega o clericalismo, que estimula a mentalidade de crente consumidor. Quando um crente compreende que ele deve produzir e não simplesmente consumir, uma verdadeira revolução acontece em sua postura em relação à igreja local.

7. Todo reconhecimento ministerial deve ser pelo fruto do trabalho


Em Mateus 7.16, o Senhor Jesus disse que pelos frutos seríamos conhecidos. Isso significa que o caminho do reconhecimento ministerial deve sempre levar em conta os frutos do obreiro. Deve haver fruto de vidas alcançadas, transformadas, edificadas e células multiplicadas para que alguém vá crescendo no ministério.
Não podemos seguir os padrões religiosos de outros movimentos. Em algumas igrejas, reconhecimento vem através de um curso teológico. Assim, uma pessoa é constituída como pastor somente porque acumulou algum conhecimento intelectual sem nunca ter tido nenhum fruto na obra. Todavia, nos tempos do Novo Testamento, os presbíteros eram levantados no seio da própria igreja e eram reconhecidos por seu caráter e pelos frutos no serviço (Tt 1.5-9).
Assim, existe um trilho que cada um deve seguir caso aspire ser um pastor. Ele deve conquistar a confiança dos pastores pelos seus frutos e caráter. A credibilidade e a confiança são a chave para o reconhecimento ministerial. Seu pastor, discipulador e mesmo a igreja precisam confiar em você. A confiança possui quatro elementos.
a) Integridade – Qualquer um que aspira crescer ministerialmente precisa, em primeiro lugar, demonstrar integridade, que significa ser inteiro, a mesma pessoa por dentro e por fora, publicamente e em particular. É ser coerente consigo e com os outros.
b) Motivação – Precisa demonstrar que suas motivações são puras. Os irmãos desejam ver que nos preocupamos e buscamos sinceramente o bem da obra e não nosso próprio interesse.
c) Capacitação – Os irmãos precisam perceber que você consegue liderar a célula, a rede ou a igreja.
d) Resultado – Líderes que multiplicam suas células e suas redes ganham a confiança dos membros e dos pastores da igreja. Em nosso meio, ninguém é constituída líder por causa de amizades, posição social ou títulos acadêmicos, mas tudo passa pelos frutos.

8. Os líderes devem ser modelo para tudo o que querem que os demais discípulos sejam e façam


Não somos como aquele homem que fica na praia ensinando os que estão no barco a navegarem. Em nosso meio, os que ensinam são os primeiros a entrar no barco, correr os riscos e demonstrar sua liderança com o próprio exemplo. Eles devem ser o exemplo, não apenas de santidade pessoal, mas também de serviço na obra de Deus. Devem se relacionar, pregar o evangelho, fazer discípulos, edificá-los, multiplicar células, etc (At 1.1; Hb 5.1-3).

9. Todo ensino e toda estrutura devem se manter na simplicidade


Não devemos ter um “pacote” muito grande. Paulo deu todo o conselho de Deus aos efésios em apenas três anos (At 20.27). Jesus mandou guardar todas as coisas que ele nos ordenou e não toda a Bíblia. Se a igreja está cheia de intelectualismo bíblico, ou está sempre atrás de novidades, será muito difícil edificar discípulos. A novidade na igreja é que o amor e a obediência aumentam e muitos novos se convertam ao Senhor (2 Co 11.3).

10. Tudo na igreja local se faz nas células e a partir delas

O Espírito Santo levou a igreja para as casas, não somente para realizar reuniões com oração, cântico e pregação, mas para que ela seja tudo o que deve ser e, principalmente, para desenvolver o ministério dos santos (At 2.46; 5.42; Rm 16.10, 14, 15; 1 Co 16.15, 19; Cl 4.15). Em grandes reuniões, não se pode treinar os santos para o ministério. Por isso, devemos nos reunir nas casas, em grupos pequenos que chamamos de célula.
Qual é sua maneira de ver e de ser igreja? Talvez você esteja naquele grupo que enxerga a igreja apenas como um amontoado de crentes que se reúne aos domingos para ouvir uma palavra sobre a Bíblia em um templo. Ou, quem sabe, sua visão é um pouco mais moderna e você vê a igreja como um belo show de música ou de teatro dirigido por profissionais e experts em entretenimento.
Existem muitas formas de ver a igreja. A grande questão é: qual deles nos permite concretizar o projeto de Deus? Deus, como um prudente construtor, nos deu um projeto de Sua igreja na Bíblia: a igreja primitiva.
É por meio das células que podemos retomar aquilo que a Igreja perdeu no decorrer dos séculos, pois ela se tornou algo diferente daquilo que Deus tencionou desde o princípio. Se você nunca parou para checar seu conceito de igreja, faça-o agora. Deus está movendo sobre a terra e um novo padrão está sendo estabelecido. Novo para nós, mas antigo na história. Este é o padrão do Novo Testamento e até mesmo o padrão da reforma: cada crente um ministro e cada casa uma extensão da igreja.



Pr. Aluizio A.Silva - Pastor Presidente da Videira-Igreja em Células

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