A palavra “dízimo” significa a décima parte de alguma coisa. Dez por cento de tudo o que nos vem às mãos deve ser entregue ao Senhor, uma vez que o dízimo é santo, ou seja, separado exclusivamente para Deus.
“No tocante às dízimas do gado e do rebanho, de tudo o que passar debaixo do bordão do pastor, o dízimo será santo ao SENHOR” (Lv 27.32).
Os dízimos e as ofertas pertencem a Deus. Se você deixa de entregá-los você está roubando a Deus. Se roubar a homens traz maldição, imagine roubar a Deus?
“Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda” (Ml 3.8-9).
O dízimo é diferente da oferta. Dízimo é dar dez por cento do meu salário, mas a oferta é qualquer coisa que eu dou além do meu dízimo. O dízimo é para proteção contra o devorador, enquanto a oferta é para prosperidade.
“Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos” (Ml 3.11).
O dízimo mostra nossa fidelidade, mas nossa oferta demonstra o nosso amor. O dízimo é lei, mas a oferta é amor. Portanto, a oferta deveria ser maior que o dízimo. O dízimo não é uma semente, mas as ofertas são sementes. A palavra de Deus diz que aquele que semeia com fartura colherá com abundância.
“E isto afirmo: aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará” (2 Co 9.6).
Porque devo entregar o meu dízimo?
1. Porque Deus ordena
“Também todas as dízimas da terra, tanto dos cereais do campo como dos frutos das árvores, são do Senhor; santas são ao Senhor” (Lv 27.30).
2. Porque Jesus era dizimista - Ele disse que veio cumprir a lei, logo ele foi dizimista. E se ele foi, nós também devemos ser. “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!” (Mt 23.23).
3. O dízimo me lembra que tudo o que tenho me foi dado por Deus - “Antes, te lembrarás do Senhor, teu Deus, porque é ele o que te dá força para adquirires riquezas; para confirmar a sua aliança, que, sob juramento, prometeu a teus pais, como hoje se vê” (Dt 8.18).
4. O dízimo expressa minha gratidão a Deus - “Cada um oferecerá na proporção em que possa dar, segundo a bênção que o Senhor, seu Deus, lhe houver concedido” (Dt 16.17).
5. Deixar de dar o dízimo é roubar a Deus - “Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda” (Ml 3.8-9).
6. O dízimo libera bênção sem medida da parte de Deus - “Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida” (Ml 3.10).
7. O dízimo é proteção contra o diabo - “ Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos” (Ml 3.11).
Desculpas mais comuns para não entregar o dízimo
1. O dinheiro é meu, eu ganhei.
É comum a idéia de que temos completa autoridade sobre nossos bens. Mas a realidade é bem diferente. “Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém...” (Sl 24.1). Tudo o que temos vem do Senhor e somente indiretamente procede de nosso trabalho (1Cr 29.14).
Os nossos bens nos pertencem da mesma forma que o quarto de nosso filho pertence a ele. Na verdade pertence aos pais que deram temporariamente o quarto ao filho. Isso é muito mais verdadeiro ainda em relação a nós que fomos comprados pelo sangue de Jesus (1Co 5.20).
2. Minha oferta é algo entre eu e Deus e ninguém mais.
Muitos cristãos pensam que sua oferta é uma questão privada que somente Deus pode saber. Eles usam o texto de Mateus 6 como justificativa: “Não saiba a sua mão direita o que a faz a esquerda”. Mas as palavras de Jesus aqui estão relacionadas com a motivação do coração, não com a privacidade.
Sempre que alguém insiste muito na privacidade é porque tem algo a esconder. É a vontade de Deus que prestemos contas uns aos outros de nossa fidelidade como discípulos. Ofertar é uma questão que envolve você, Deus e os irmãos também.
3. Deus ama a quem dá com alegria, como eu não me sinto alegre eu não dou de forma alguma.
Deus ama a quem dá com alegria (2Co 9.7). Mas isso não significa que você precisa esperar até se sentir suficientemente alegre. A obediência não depende de sentimento. A alegria normalmente vem durante ou depois de ofertarmos. Nós devemos aspirar a ser grandes doadores e a melhor maneira de cultivar a alegria de dar é dando.
4. Eu não confio na honestidade dos pastores e líderes, por isso não contribuo.
Antes de tudo, precisamos entender que não damos para a igreja, damos para o Senhor. É verdade que damos ao Senhor através da igreja, mas não contribuímos como se fosse pagamento de mensalidade de membros de um clube.
Além disso, quem é você para julgar as motivações da sua liderança? (Mt 7.1-2). Será que nossos líderes necessitam de se arrepender ou será que nós precisamos nos arrepender de nossa atitude?
5. Eu gostaria de ofertar, mas eu não tenho o suficiente.
Ofertar pode ser um luxo para o rico, mas é um privilégio para o pobre. Muitos dizem que não podem dar, mas o que eles querem realmente dizer é que não podem dar confortavelmente.
6. Eu estou cheio de dívidas. Não posso ofertar agora.
Você tem uma obrigação não somente para com os seus credores, mas antes de tudo para com Deus. Especificamente a Bíblia nos ensina a dar ao Senhor as primícias, ou seja, o melhor de nossa renda (Pv 3.9).
O nosso primeiro cheque deve ser para Deus e ninguém mais. Nós nos receiamos de dar porque nos sentimos inseguros, mas aquele que não poupou o seu próprio Filho, não nos negará coisa alguma (Rm 8.32), antes nos suprirá em todas as nossas necessidades (Fp 4.19).
7. Eu quero ofertar, mas agora o meu orçamento está muito apertado.
Alguns dos maiores exemplos de generosidade na Bíblia são de pessoas pobres (Lc 21.1-4 e 2 Co 8.1-2). O receio e a insegurança não são motivos para deixarmos de ofertar. O Senhor sabe do que necessitamos e ele prometeu nos suprir (Mt 6.32).
Se você esperar até se sentir seguro para ofertar pode ser que esse dia nunca chegue. A provisão de Deus somente vem depois que ofertamos (2Co 9.6-11). É assim que a fé funciona. Faça prova de Deus (Ml 3.10).
8. Eu sou um jovem (ou adolescente) e tudo o que tenho é uma mesada dos meus pais.
A época de estudante é notoriamente um tempo difícil em nossas vidas. O estudante normalmente não tem dinheiro, mas nem por isso deve se eximir de ofertar.
A Bíblia ensina que ofertar é privilégio e responsabilidade de todos os filhos de Deus independe de idade ou renda. Ironicamente o milagre da multiplicação foi possível porque um garoto resolveu ofertar o seu lanche ao Senhor (Jo 6.9).
9. Eu sou pobre. A responsabilidade de ofertar é dos ricos.
Como eu disse, muitos exemplos bíblicos de generosidade são de pessoas pobres. (Lc 21.1-4 e 2Co 8.1-6). Como pode ser isso? Eles foram transformados pelo evangelho de Jesus Cristo. Eles sabem que Deus tem se agradado em conceder-lhes o reino (Lc 12.32-34).
10. O dízimo não se aplica aos cristãos hoje, isso era para Israel no Velho Testamento.
É interessante que o dízimo seja uma parte tão importante do Velho Testamento, mas seja tão pouco mencionado no Novo Testamento. A partir desse fato alguns podem concluir que Deus não mais requer o dízimo do seu povo. Isso é um engano.
Orientações práticas
- Deus não empresta o dízimo para ninguém. Quem conhece a verdade e deixa de entregar o dízimo está debaixo da maldição de roubar a Deus.
- Existe um envelope especial que você deve usar para entregar o seu dízimo.
- Não toque trombeta quando você der oferta na Casa de Deus. Se você procura a glória de homens, esta será a sua recompensa.
- Procure não vir de mãos vazias para o culto a Deus. Nós tiramos ofertas em todos os cultos. Traga a sua oferta.
“Três vezes no ano, todo varão entre ti aparecerá perante o SENHOR, teu Deus, no lugar que escolher, na Festa dos Pães Asmos, e na Festa das Semanas, e na Festa dos Tabernáculos; porém não aparecerá de mãos vazias perante o SENHOR; cada um oferecerá na proporção em que possa dar, segundo a bênção que o SENHOR, seu Deus, lhe houver concedido” (Dt 16.16-17).
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