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07 junho 2010

Desarmando as bombas de Satanás - Mania de presumir

ilustraAluízio A. Silva
11.05.2010 - 09:05

Parte 1

A vontade de Deus é que seus servos dêem muitos frutos. Não tenha dúvida disso, porém, isso só é possível através de uma vida cheia do Espírito (Lc 24.49). Esse é um dos primeiros requisitos para que o avivamento aconteça no nosso meio.

Uma vida cheia do Espírito será traduzida em pelo menos dois elementos. São eles:

1. Poder do alto

A razão porque não somos mais prósperos é que não contamos com o Espírito Santo entre nós, em poder e energia, como nos tempos primitivos. Uma hora de trabalho, no poder do Espírito, pode realizar mais do que um ano de trabalho na energia da carne. E o fruto permanecerá para sempre (Jo 3.6; 1Co 2.4).

2. Convicção do pecado


É necessário que o pecado seja profundamente sentido, antes de poder ser lamentado. Os pecadores devem sentir tristeza, antes de receber consolo. É necessário um profundo arrependimento e convicção de pecado antes que venha a glória de Deus.

A falta do poder e da glória de Deus devia ser considerada como prova de inaptidão para o pastor, o diácono, presbítero, discipulador, líder de célula ou até mesmo para um professor de escola cristã (Jo 15.5). Os seminários não devem recomendar ninguém às igrejas, se ele não tiver obtido o grau mais elevado: o revestimento do poder do alto.

Buscamos o avivamento, contudo, para que ele seja gerado, devemos cumprir com algumas rotinas espirituais:

1. Oração (Is 66.8)

As almas não são salvas pelo homem, e sim por Deus. Ele opera em resposta à oração, não temos outra alternativa. A oração movimenta o braço divino, que põe o avivamento em ação. A conversão é uma operação efetuada pelo Espírito Santo, e a oração é o poder que a assegura.

2. Comunhão com o espírito santo


Os nossos dias, mais do que nunca, precisam de homens que vivam em plena comunhão com o Espírito, que sejam íntimos do Espírito Santo. Na Bíblia, comunhão significa :

a. Presença
b. Confraternização
c. Compartilhamento
d. Participação
e. Intimidade
f. Amizade
g. Camaradagem

A vontade de Deus é que seus servos dêem muitos frutos

As nossas armas espirituais são poderosas em Deus para anular sofismas que assolam a nossa mente (2Co 10.4,5). Sofismas são argumentos que parecem verdade, mas são mentiras: eles parecem convincentes, parecem verdadeiros, parecem lógicos, mas estão baseados em algo falso.

O diabo lança sofismas em nossa mente para atingir nossos relacionamentos, em todos os níveis. O mais comum desses sofismas são as manias. Manias são pensamentos que assumimos repetidamente sem nunca verificarmos se são verdadeiros.

Uma das manias que temos e que mais devemos combater é a mania de presumir. Ela é uma bomba relógio que o inimigo coloca em nossa mente para detonar com nossos relacionamentos. Precisamos desarmar essa bomba.
A mania de presumir

Essa ilusão pode se manifestar de duas formas: por meio da presunção de que sabemos o que os outros estão pensando e através da premissa de que os outros não só podem como têm a obrigação de saberem o que estamos pensando sem termos de lhes dizer.

É verdade que, às vezes, somos capazes de prever reações e comportamentos de pessoas que conhecemos bem. O problema aparece quando presumimos como alguém vai reagir sempre.

O hábito de presumir


Em nossos relacionamentos, detectamos pistas sobre o outro e extraímos delas conclusões. A maioria de nós faz isso bastante bem e quase sempre as pessoas nos dão pistas bem claras a respeito de como estão em determi¬nado momento.

Observamos dicas e pistas de todo tipo. Atribuímos significado ao que vemos e ouvimos e também ao que não vemos e não ouvimos; àquilo que aconteceu e também ao que não aconteceu. Tiramos conclusão da linguagem corporal (expressões, gestos e posturas) e interpretamos aquilo que é dito.

Também tiramos conclusões daquilo que é fala¬do, não apenas ouvindo o que é dito, mas avaliando o tom de voz, a ênfase, o volume e o contexto da situação. O certo, porém, é que mesmo que se¬jamos todos um tipo de Sherlock Holmes, investigando tudo ao derredor, precisamos admitir que podemos estar errados.

Erros de interpretação


Quanto mais conhecemos alguém mais consciência temos dos sinais que ela emite nas mais diversas situações. Es¬sa previsibilidade é que nos leva à conclusão de sabermos o que o outro está pensando. Mas isso pode criar muitos problemas com as pessoas à nossa volta, pois muitas vezes os sinais emitidos podem ser interpretados de manei¬ra equivocada.
Vamos enumerar sete razões que contribuem para a ocorrência de erros na interpretação.

1. Você faz suposição a respeito do outro com base em você mesmo

Veja o exemplo de Caim. Depois que ele matou Abel, ele começou a presumir que poderia ser morto por alguém (Gn 4.14), mas não havia assassinos na terra a não ser ele. Caim presumia pensamentos homicidas em outros porque ele mesmo os tinha.

2. Você faz suposição com base em um comportamento passado

Isso é previsibilidade. Sem isso os relacionamentos se tornam impossíveis. Experiências anteriores são boas fontes de informações, mas o problema é que podem ocorrer exceções.
Você chega em casa e sua mãe está na porta, batendo o pé, com os braços cruzados, a testa franzida e os lábios apertados. Você percebe que sua mãe está brava porque ela sempre agiu assim quando estava brava. Porém, dessa vez pode ser que ela esteja brava, mas não com você, ou pode estar ansiosa com algo que não tenha nada a ver com você.

3. Você faz suposição com base no que imagina que vai acontecer

Isso é o que comumente se chama colocar o carro na frente dos bois. Você diz: “Nem adianta convidá-lo para liderar, ele não vai aceitar e se aceitar eu até sei como vai ser”. Não há como saber a reação do outro antes de fazer o convite e não há como saber como ele se sairá na liderança. O pior é que se a pessoa aceitar o convite e se tornar um líder, você interpretará cada atitude dela de forma a confirmar suas pressuposições.

4. Você faz suposições com base no que deseja


Sua ex-noiva liga para você para lhe dar os pêsames pela morte de seu pai. Você logo pensa: “Ela ainda me ama. Só pode me amar, caso contrário não me ligaria”. Pode ser que sim, pode ser que não. Mas antes de sair e comprar uma aliança é melhor confirmar os sentimentos dela.

5. Você chega a uma conclusão com base em dados insuficientes

Duas curvas não formam necessariamente um círculo. A reação negativa de uma ou duas pessoas não indica necessariamente a opinião de toda a igreja. Você conlui: “Minha célula não gosta da minha pregação”. Mas foi apenas uma pessoa que fez uma observação!

6. Você interpreta mal as dicas visuais e verbais

Só porque você captou corretamente o estado de espírito de alguém não quer dizer que você acertará também na causa do problema. E mesmo que tenha acertado a causa no passado não quer dizer que acertará dessa vez.

7. A sua conclusão não leva em conta a existência de diferenças culturais e de personalidade

Muitas vezes, conversando com alguém, você pode perceber uma reação inesperada, ruim, diferente da esperada. Numa situação como essa, não pense coisas do tipo “Ele não gostou do que eu falei; Ele não gosta de mim”. As pessoas não têm que responder como gostaríamos, muito menos devem reagir conforme nossos padrões.

Desarmando a bomba da mania de presumir

É absolutamente vital desistirmos de presumir o que os outros pensam, quais são suas intenções e o que vai no íntimo de cada um. Mas isso é difícil, porque implica em se tornar vulnerável e correr riscos. Parece mais confor¬tável viver presumindo do que se expor e saber a verda¬de. Mas a presunção é uma bomba e ela precisa ser de¬sarmada. Como?

1. Reconheça que está presumindo

O primeiro passo é dar nome aos bois. Ao percebermos que estamos nos irritando com um irmão por algo que acreditamos que ele está pensando, antes de confrontá-lo, podemos simplesmente nos questionar: será que ele realmente está pensando isso? Será que não estou presumindo?

2. Questione as premissas das suas suposições

O irmão não veio à reunião da célula. Você presume que ele não deseja estar com você. Mas quais são as evidências que permitem afirmar isso? Ele pode ter faltado por inúmeras razões.

3. Crie uma imagem melhor do outro

Seja benigno. Em vez de alimentar a imagem daquele líder como alguém que o resiste ou não tem compromisso, substitua essa imagem por algo positivo. Com base nessa nova imagem, tente agora reinterpretar os fatos tirando novas conclusões.

4. Expresse e cheque com o outro as suas conclusões

Nem sempre é possível ou desejável se expressar claramente. Há pessoas que se sentem muito pressionadas quando abordadas diretamente. Algumas vezes não dá para perguntar à igreja inteira a opinião deles a nosso respeito. Mas falar claramente deve ser o nosso padrão com aqueles que nos são mais próximos.

5. Acredite no que o outro responder


Uma vez que perguntamos ao outro se as nossas conclusões a respeito dele são reais, precisamos acreditar naquilo que ele disser. É melhor eventualmente ser traído do que viver desconfiado. Jesus disse que a nossa palavra deve ser sim sim e não não. O que passar disso vem do maligno.

Aluízio A. Silva

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